sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Páris, seu grande idiota!

Quando solicitado a prolatar sentença favorável a apenas uma das grandes Deusas do Olimpo, Páris, por mais improvável e ilógico que possa parecer a primeiro momento, foi favorável às bençãos de Afrodite. Poderia ele ter aceitado as riquezas de Hera, ou o poder e sapiência de Atenas, mas não. O idiota escolhe o amor.

Ahimé, o amor!!!!

Nem o próprio demônio poderia engendrar tamanha maldade contra o Homem.

Por causa do amor os desgraçados filhos de Hécuba foram supliciados, por causa do amor o hirsuto Príamo foi vilmente assassinado, nem Aquiles escapou do sofrimento com Pátroclo ou com Briseida. Ó Páris, maldita seja tua escolha!

Ofélia morreu por amor!

O que podemos dizer de Otelo e Desdêmona? A ambição de Iago era motivada principalmente pelo amor à filha do Doge.

Vamos ao exemplo dos casais, Romeu e Julieta, Hero e Leandro, Tristão e Isolda, todos conhecem o final trágico destes amantes.

Céus, os amores não correspondidos de Stendhal

Senhores, não sou Diotima para explicar-lhes a origem do vil sentimento, ja inumerei inúmeros casos aqui, para que se torne evidente a natureza da paixão, e seu inexorável destino trágico. O amor é uma desgraça. Uma grande desgraça. A melhor das desgraças, ja que como diz García Márquez "Não há pior desgraça que morrer sozinho".

Amem, é a única coisa que é realmente válida, é a única filosofia útil, se o pensamento é aristotélico ou kantiano, se o fenômeno tem nove ou doze categorias, isto fica em segundo plano, a única questão, a questão que pontua a existência é: O que vale uma vida sem amores?

Resposta simples: NADA!

Páris diria sim para afrodite novamente se lhe fosse dada outra chance, acreditem nisso.

Faço minha as palavras da proxeneta de "Memória de Minhas Putas Tristes": De verdade, terminou ela com a alma: não vá morrer sem a maravilha de trepar com amor".

Páris, seu grande idiota, eu te invejo!

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